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A Hidroponia na 2ª Guerra Mundial

A hidroponia teve um impulso enorme com a Segunda Guerra Mundial, pois as Forças Armadas Americanas se apropriaram da tecnologia para oferecer verduras e legumes frescos em porta-aviões, submarinos, desertos, bases militares, ilhas vulcânicas, regiões polares... Isto ajudou a difundir a hidroponia, de tal forma que depois da Guerra, já haviam os primeiros cultivos em escala comercial em países como Itália, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Rússia e Israel. O exército americano continuava a produzir hidroponicamente em ilhas japonesas, principalmente na base militar da Ilha Chofu.

Entretanto, somente na década de 1960, com os trabalhos desenvolvidos pelo inglês Allen Cooper, percebeu-se que a hidroponia seria uma ótima opção de cultivo em escala comercial. Cooper (1965) criou um sistema bastante prático, simples e que não exigia tanto volume de água. Tratava-se de uma primeira versão do sistema NFT, ou seja, Nutrient Film Technique.

Em vez da planta ficar sobre um balde ou piscina com água (sistema Floating), no NFT, as plantas eram dispostas em pequenos canais de cultivo, com leve inclinação, por onde a solução nutritiva circulava e recirculava, mantendo apenas uma pequena lâmina. Por não ficarem totalmente submersas, as raízes podiam respirar melhor. Enquanto, a própria circulação, garantia certo arejamento da solução, a recirculação (reaproveitamento da solução drenada no final do canal de cultivo por meio de bombeamento) possibilitava estruturas mais simples, reservatórios com menor capacidade e maior agilidade no manejo da solução nutritiva.

Assim, a hidroponia comercial consolidou-se mundialmente na década de 1980. Desde pequenas ilhas do caribe e países da América Latina e África, onde a hidroponia vem sendo utilizada também na forma de hortas populares, como alternativa para reduzir a taxa de desnutrição. Países como Canadá e Austrália têm investido significativamente em hidroponia.

No Brasil, a hidroponia comercial teve seu marco no final da década de 1980, em São Paulo. Mas sua maior difusão, ocorreu na década de 1990. O Estado de São Paulo continua sendo o maior produtor. Na virada do milênio, tem sido comum encontrar produtos hidropônicos em supermercados de grandes centros consumidores, principalmente alface, rúcula, salsa e cebolinha.